“Mais grato a Ti,
Mais grato a Ti,
Mais consagrado, ó faz-me, Senhor
Mais humilhado e cheio de amor
Faz-me mais grato a Ti
Mais grato a Ti!”
Eu gostaria de iniciar essa postagem com esse hino de gratidão. Quantas vezes nos colocamos verdadeiramente numa posição de agradecimento a Deus? Deveríamos ser gratos por cada segundo que Ele acrescenta à nossa existência. Entretanto, por vezes não agradecemos nem pelo dia!
Agradecer não significa apenas dizer “Obrigado, Senhor”; significa nutrir dentro de si um sentimento sincero de o quanto somos pequenos diante das coisas que Deus faz por nós. É um sentimento singelo, que aperta o coração, e ao mesmo tempo expande o espírito.
Também significa honrar o Nosso Maravilhoso Senhor com o tempo que Ele nos dá. Isso se encaixa perfeitamente para mim também, assim como creio que se encaixa para muitos leitores. Causa até um sentimento de vergonha, saber que gastei tanto tempo com coisas inúteis e fúteis. Não estou aqui dizendo que na vida não deve haver momentos de descontração. Mas passar uma tarde inteira no computador, ou assistindo televisão, ou fazendo outra coisa que não seja para a honra e glória de Nosso Salvador, é desperdício de tempo.
Há um escritor do qual gosto muito (apesar de ter lido apenas um livro dele), que se chama Joshua Harris. Há uma passagem nesse livro que li, na qual ele fala de um sonho, em uma sala repleta de todos os arquivos de sua vida. Tudo o que ele falou, todos os pecados, todos os amores, dentre outras coisas. Dado momento, ele chega a uma pasta em que constam todas as músicas que ouviu. E o que me impressiona é o seu relato: diz que não se arrepende pela qualidade das músicas (que eram boas), mas sim pela quantidade de tempo de sua vida que passou ouvindo.
Às vezes me sinto muito mal ao ver que consigo ler capítulos e mais capítulos de um livro qualquer durante um dia, enquanto ler um capítulo da Bíblia pode parecer um sacrifício (quando na verdade é um dos maiores prazeres que pode existir).
A Palavra define esse prazer como característica do homem bem-aventurado:
"Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite." (Salmos 1:2)
Uma vez ouvi um homem de Deus (eu creio, e que Deus o abençoe) falar sobre os costumes islâmicos. Ele mencionou uma tradição pela qual as crianças passam. Em determinado momento da cerimônia, um professor chega e ensina a criança islâmica a ler, e as primeiras palavras que ela lê são do Alcorão. Após a leitura, e o entendimento do que foi lido, ele diz que a partir de então aquele será o primeiro livro que ela lerá, e só poderá ler outro depois que acabá-lo.
Ah, se fizessem isso com a Bíblia! Imagina: o FUNDAMENTO de todo o conhecimento de nossas crianças seria a Palavra de Deus! Isso é que eu chamo de alicerce! E quando se tornassem adultos, o que sentiriam? GRATIDÃO!
Gratidão, porque elas tiveram todos os instrumentos para seguir o caminho da Verdade; porque elas não leram a fantasia das fábulas dos três porquinhos, e sim histórias reais, de pessoas que abençoaram e foram abençoadas. Aprenderiam o que é o verdadeiro amor. Aprenderiam o que é sacrifício, sem precisar de dicionário. Aprenderiam o que é honrar aos pais, sem precisar levar palmadas ou cintos nas coxas.
Espera aí, e nós? Não somos crianças? Aos olhos de Deus, sim. E se somos pequeninos aos olhos do Pai, que é o Dono de toda a Verdade, então pensar que somos adultos é uma mera ilusão. Sim, nós ainda podemos ser educados. Ora! Tivemos a oportunidade de renascer, porque não iniciar um novo aprendizado? Instituir um novo alicerce, fundado não na areia, como antes, mas na Rocha Eterna.
Que sejamos gratos a Deus porque nós temos essa oportunidade. Olhe para a cruz! Foi o sangue do Cordeiro que tornou isso possível. A palavra de Deus está disponível, e nova criatura somos! Por que ainda estamos perdendo tempo?
Shalom, e fique com Deus!
Amanda Pierrelevée
Comunidade Vida Vinhais
