quarta-feira, 11 de julho de 2012

Queres viver essa irracionalidade?


     Hoje muito se discute sobre racionalidade, Estado laico, aborto, etc. São os assuntos “polêmicos”, de que muitos se esquivam com medo de serem julgados. Outros se esquivam justificadamente pelo bom senso. E o que um cristão tem a dizer sobre isso? Bem, quem quiser descobrir é só continuar lendo. Seja cristão, ou não.

     Uma coisa que vejo bastante são pessoas se dispondo a discussões infindáveis e sem propósito, sobre esses assuntos e outros mais. Cada um defende seu ponto de vista e não quer abrir mão de forma alguma. E por que isso acontece?

     Bem, aceitando ou não, TODAS as pessoas têm a necessidade de se ligar a algo. Existe um vazio que todos tentam preencher de alguma forma, mas o único que pode preenchê-lo é Deus. Alguns de fato se ligam a Deus, e o têm como Pai e Salvador. Outras se ligam a outras coisas: entidades místicas sobrenaturais, ao seu íntimo, ou a seus dogmas.
 
     Sim, DOGMAS! E aí, muita gente fica ofendida. “O quê? Dogma é coisa de cristão! Eu sou ateu. Esses “religiosos” é que se fundamentam sobre dogmas!”.

     Por mais que se esperneiem, digo-lhes, vocês que se fundamentam sobre a “racionalidade”; sobre a ciência, se fundamentam sim sobre dogmas.
 
     “Ah, mas o que é isso? A ciência se aperfeiçoa, a ciência muda. A racionalidade nos leva a não nos ligar a verdades absolutas, mas nos ater ao que é razoável, não ao que é absurdo. E isso envolve todo um processo de conhecimento e empirismo.
 
     Continuo afirmando que são dogmas. E, mesmo que não fossem, são princípios idolatrados, e por isso não se quer abrir mão. Ora, se não fossem dogmas, vocês não estariam dispostos a concordar com o outro? Nunca vi um ateu discutir com um cristão sobre esses temas e dizer: é, você está certo.

     E um cristão dificilmente dirá ao ateu que ele está certo, mas aí é diferente... E eu vou lhes explicar por quê.



     Quando não se conhece a Deus verdadeiramente, mas só de ouvir falar, tudo parece loucura. É sim, o diálogo cristão é uma loucura. E nessa, estou com Paulo: se for assim, sou louca. Porque prefiro a salvação a ser considerada sã pelo mundo.

     Eu copiaria aqui o capítulo primeiro de I Coríntios inteirinho, mas vai apenas um versículo (o que não o (a) impede de checar o capítulo na Bíblia):
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.”
(I Co 1:21)

     E é assim mesmo. Enquanto pensarmos que estamos completamente bem sem Deus, vivendo a vida em sua plenitude, não obteremos a salvação. Quem não reconhece que não é são, e em vez disso, confia em sua racionalidade – confia na ciência – está sob confusão.

     E aí, meu leitor, para essas pessoas parece mesmo que nós, cristãos, somos loucos, esquizofrênicos, e que temos um "amigo imaginário superpoderoso", como já vi uma vez alguém alegar. Mas isso acontece porque essas pessoas vivem sob a ignorância da Palavra.

     Da mesma forma, não cabe a um cristão sair discutindo e manifestando rancor a quem se porta assim. Lembremos que são criaturas de Deus, e que também merecem a misericórdia, assim como um dia nos foi concedida. Aí que se diferencia o filho da criatura. Nós somos os filhos de Deus, por adoção, príncipes e princesas, que devem se portar como tal. Que devem amar tudo aquilo que o Pai fez, assim como Ele o ama.
 
     Imaginemos que nossos pais, aqui da terra, tão queridos, são artesãos. Gepetos da estória. Digamos que somos a escultura de madeira que virou gente. O amor do Gepeto é tão grande por nós! Nós queremos ser totalmente iguais a ele, por isso nos fizemos agora completamente como ele: gente. Ele nos fez à sua imagem, entalhados apenas em matéria diferente, mas coube a nós nos tornarmos como ele.
 
     Acontece assim na vida real. Deus é o nosso Gepeto. Ele nos fez bonecos, mas colocou uma alma dentro (sim foi Deus, e não uma fada como na estória – ela sim é personagem imaginário). Por esse sopro de vida, podemos decidir quem seremos.
 
    Alguns continuam Pinóquio para a vida inteira: um boneco que pode ser manipulado por qualquer um que colocar as mãos nele, seja Deus ou o diabo. Não digo que eles são naturalmente maus. Podem fazer boas obras, mas elas não valerão de nada para a Salvação, afinal são feitas por bonecos.
 
     Agora, existem aqueles que tiveram a fé suficiente para se tornar meninos. Eles viram que não deveriam ser daquela maneira, de madeira. Eles eram criados por Deus à sua imagem e semelhança, então deveriam se tornar como o Criador. Não deveriam se contentar em ser bonecos mentirosos e pecadores.
 
     Retornando ao ponto central, depois que se conhece verdadeiramente a Deus, quando nos tornamos seus filhos, Ele começa a revelar as respostas de que precisamos saber. E aí, o que era loucura não o é mais. Porque passamos a sentir sua presença, entender a Sua Palavra, e isso nos é dado por prova, porque fomos fiéis.
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14:21)



Amanda Pierrelevée
Comunidade Vida Vinhais

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